Os períodos de tristeza nas crianças são normais, contudo, é importante manter um olhar atento a essas mesmas situações, auxiliando-as na gestão de emoções mais desafiantes. Através de uma comunicação cuidada, os pais promovem a reflexão sobre o assunto que a poderá estar a incomodar, criando empatia com os outros e, especialmente, consigo mesma.
Mas de que forma poderemos interrogar a criança?
A Técnica das duas perguntas
Consiste em acompanhar a primeira questão com uma outra, vejamos no exemplo:
- Pai/Mãe: “Então, como é que te sentes hoje?”
- Criança: “Estou bem.”
- Pai/Mãe: “Para além de te sentires bem, o que sentes mais?”
- Criança: “Bem, estou só um pouco nervoso.”
Nota: A partir daqui já é possível avançar para a paráfrase e, posteriormente, para as perguntas abertas, dando espaço e conforto ao diálogo da criança.
Uma abordagem diferente para crianças com menos de 5 anos
Sente-se ao lado da criança com papel, caneta, lápisa de cor e incentive-a a expressar os sentimentos através do desenho. Perceberá essa atividade como um sítio para descarregar as suas emoções, validando e aceitando o que sente como normal e, até, necessário.
Ajude a criança a orientar-se para um estado mental diferente. Atividades como o desenho são uma boa opção, assim como o exercício físico, a dança, a música ou a visualização de um filme capaz de lhe mudar a disposição.
A criança aprenderá a validar as suas emoções e as dos outros, que está tudo bem em sentir tristeza e que a importância de “olhar para dentro”, saber escolher, aprender consigo e com os outros, é o caminho certo para se sentir mais feliz.
Referências bibliográficas: Moura, A. “A Educação da Criança”, São Paulo: Livros Horizonte